sexta-feira, 7 de setembro de 2012

7 de Setembro


Hoje, 07 de setembro, é o dia alusivo à comemoração da independência do Brasil em relação ao nosso colonizador, Portugal. Mas será que realmente somos um povo independente? Quando falo de independência, lembro da real capacidade de um povo se manter dignamente com um salário justo e que não apenas sirva para suprir o básico. Ao mencionar a capacidade de ser independente questiona-se o ato de ser cidadão pleno e cobrar de seus governantes seus direitos e deveres. É ser liberto das amarras da corrupção que assola nosso país deliberadamente. O brasileiro é independente para ir e vir em meio a tantos deficits do nosso sistema público de transportes? É liberto das impunidades da justiça que muitas vezes é injusta com quem mais luta e é trabalhador? 
Enquanto comemora-se a posição de sermos o ocupante do 6º lugar na economia global e o 46º  na educação, estaremos na contramão da ordem e do progresso da nossa nação. Quanta desigualdade social, econômica e intelectual ainda teremos que aguentar? Num país que segrega a cultura e o acesso à educação num medíocre sistema de cotas para suas universidades. No qual ensina-se em sua educação básica o mínimo possível e chega-se ao ensino médio sabendo-se menos ainda. Numa escola pública que nada tem de justa e que não prepara para o Enem. Criamos uma inversão de valores. Enquanto países investem na base da educação de seus filhos o Brasil quer começar do topo, da universidade. Professores mal renumerados desde a educação infantil à faculdade. O que dizer de uma nação que ainda não acordou e não amadureceu para a realidade em que sobrevive.
Somente seremos libertos da escravidão, das amarras da corrupção e da desigualdade quando o povo sair às ruas para brigar pelo que seu, não como um favor, mas como um direito plenamente já adquirido. Então, enquanto para todos estiver tudo bem o que se deseja é um bom feriado! É apenas mais uma data comemorativa, um dia para ficar em casa. Nada mais!