quinta-feira, 4 de abril de 2013

Petrouchka e a Sagração da Primavera no Theatro José de Alencar

Assistir ao Petrouchka e a Sagração da Primavera do ballet de Londrina no Theatro José de Alencar, revigora a alma e alimenta nossas mais íntimas emoções. Os espetáculos são baseados na obra do russo Igor Stravinsky e coregografia de Michel Fokine. A junção do lúdico, do burlesco e, ao mesmo tempo, da tríade amorosa, da paixão não correspondida e do amor que leva às últimas consequências subjaz de forma surpreendente e encantadora. 
No que se refere a Sagração da Primavera vê-se o misto da temática original no qual a Rússia pagã oferecia suas virgens aos deuses em prol da fertilidade da terra, da boa colheita. Como se percebe temas tão distintos, a traição, o triângulo amoroso em Petrouchka e a ingenuidade, o ser virginal e, ao mesmo, oferenda transmutam em um palco distinto. O resultado final é belíssimo.
Entretanto aos artista faltaram-lhes não o talento, pois este estava estampado em seus rostos e em suas expressões corporais que ultrapassam os passos e os compassos da dança, mas a plateia, a massa ávida em ver estas apresentações. Pouquísssimas pessoas presentes, mas as poucas que ali estavam tiveram a delicadeza de prestigiar tão inspirados artistas. Num mundo em que só se preocupa em compartilhar para onde se vai e de onde se vem, fica a dica, compartilham mais cultura.
ANGÉLICA SAMPAIO.

Não! Não! Não!

Não! Não!Hoje definitivamente não dá pra falar nesse bate-papo, nesse papo furado, nesse bláblábláblá. Deixa isso tudo pra lá. Vem pro lado de cá. Escuta a vida que pulsa em teu coração já está quase cansado de convidá-lo a simplesmente viver. 
Vem que a vida é uma eterna viagem e nós somos apenas breves passageiros. Não me venha com essa conversa, com essa balela que se mantém sob as máscaras, sob os vários disfarces dos sentimentos alheios.
Não! Não! Hoje, só quero sorrir e viver. Nada mais! Vem, antes que seja tarde, pois já é quase noite. Deixa o trânsito lá fora, a buzina, os semáforos e todo o rugir dessa selva cidade. Vem pra dentro de cá, bem pertinho de mim. Deita em meu colo e eu repouso em teu coração e nos deixemos assim, cuidando um do outro. 
Vamos fazer uma festa no quintal, andar descalço, tomar café e sorver o cheiro do bolo, cair de tanto rir, sem nenhum "disse me disse" e apenas com o compromisso de ser e fazer feliz. Sim! Sim!Sim!
ANGÉLICA SAMPAIO.