sábado, 22 de novembro de 2014

Olhos de lince - Comentário literário sobre Os olhos não veem, o coração sente e Olhos para Mariella por Paulo Eduardo Mendes

Não é um olhar sobre a cidade. São "Olhos pra Mariella". Mirar o livro e lê-lo. A vista alcança distâncias imprevisíveis e ali diante de mim "Os Olhos não Veem, O Coração Sente", outro livro da mesma autora: Angélica Sampaio. Ela produziu dois romances numa só inspiração seriada. Deu certo. Duas obras primas da sensibilidade. Linguagem romântica seduzindo pelo encanto. Em pleno século da violência surge Angélica Sampaio em vocabulário sonoro pelo estilo. Beleza num colorido cuja valorização ressalta a cada linha. Dois livros numa doce divisão do tema. Viagem blandiciosa no campo da ternura. Leveza de narração em alcance de alta voltagem para eletrizar a atenção dos leitores. Dois livros e um assunto múltiplo. A história de Mariella tem a cadência maravilhosa de um hino de amor. Reflete a alma de uma escritora vocacionada para escrever com harmonia e muito sentimento. Arte e inspiração num louvável duelo de perfeição. Garbo incomum de estilo. Angélica traça a beleza da virtude ao escrever bem. Conta a história de Mariella com rara especiosidade. Consegue prender o leitor nas emoções do seu dissertar de bondade por excelência. Revela o conteúdo interior de pulcritude. Desfile maravilhoso de ideias. "Os Olhos não Veem, O Coração Sente" é, literalmente, o que faz acionar os olhos de lince do comentarista ao divisar todo o potencial de candura na projeção do romance puro. Angélica Sampaio avança nas fileiras da literatura e é reconhecida pela sua arte de escrever ao assumir a Cadeira Nº 06 da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza que tem Rachel de Queiroz como Patrona. Paulo Eduardo Mendes. Jornalista e Escritor. Matéria publicada no Diário do Nordeste em 25.10.2014