domingo, 17 de março de 2013

Revelação

Com que olhos há de olhar-me? Que carinhos há de trazer-me? Espero-te! Espero-te!... ...Espero-te vestida de flores e em sóis e luas hás de encontrar-me. Em uma estrela cadente e celeste banhada de brilho radiante e tempestuoso do meu doce amor.
(...)
Às vezes, viajo nesta viagem, nesta estrada sem fim. Onde as árvores acompanham-me e o silêncio nada me diz...
E, na incerteza febril do meu ser, confundo-me e encontro-me. Vejo-me contigo neste louco sonho... Sinto-te comigo agora, neste exato instante. Vejo-te comigo e são flores as tuas mãos e elas perfumam-me com teu cheiro.
(...)
Numa noite, vestida de Sol... ... Num dia banhada pela Lua que nos faz girar em torno das estrelas cadentes e delas nunca retornarmos.
... Nesta estranha realidade...
...Há muito tempo espero-te vestida de flores e em sóis e luas hás de encontrar-me...
O vento frio por enquanto, é teu companheiro e a solidão, o meu silêncio!

ANGÉLICA SAMPAIO (Excertos de Revelação. In: ÊXTASE p. 125, 126. 2 edição.)