Porque para Deus não bastou criar
Eva, a mulher, por isso abençoou um ser com a incrível capacidade de perpetuar
o amor à sua imagem e semelhança: a mãe.
Aquela que carrega no ventre a sua maior herança, seu maior legado, que
alimenta o filho em seu seio materno não simplesmente do alimento, mas do afeto
inexplicável, do amor mais puro e verdadeiro...
Bênção divina, missão admirável,
transmutação do sentimento que não se comporta em dois e se perpetua em outro
ser de criação metade humana, metade divina... Partilha de códigos genéticos,
perpetuação de fisionomias, traços de sentimento, o afeto que não se pode
apagar. Uma vez mãe, sempre mãe... Não há devolução ou renegação desse
acontecimento, pois ao chegar à maternidade carrega-se o fruto no ventre e, ao
sair, carrega-se nos braços e na vastidão do coração...
Não há como se preparar para seu dia,
podem-se ler dezenas de livros, participar de palestras, grupos de apoio, mas,
indubitavelmente, esse amor não se aprende antecipadamente, mas tão somente na
prática... Você pode comprar uma roupa, um sapato, um livro e pedir a troca, a
devolução, mas quanto ao seu filho é algo que não se permuta, não se compra,
não se vende, não há em nem um balcão à nossa disposição... É centelha, é plantio,
é semeação...
Parabéns a todas as mamães... E também àquelas que não são mães biológicas, mas que mesmo sem terem carregado suas crias no ventre, as levam como bagagem preciosa em seus corações... Parabéns a vovós, as titias, as madrinhas, as irmãs, a todas as mulheres que se sentem mães de alguém em especial.
Feliz Dia das Mães!
Angélica Sampaio
