domingo, 31 de março de 2013

Um olhar

Foi de repente que te conheci.
Mas não foi; eu creio que não tenha sido um acaso,
pois os grandes amores não se fazem sem motivo.
O destino nos uniu,
A vida quis assim...
Foi um olhar apenas,
Um breve e simples olhar que disse tudo
Como se nos conhecêssemos há séculos.
Acho que o cupido nos flechou,
Um magnestismo de amor nos aproximou,
Fez nos apaixonarmos
Tocar as mãos
Nosso primeiro contato
Fez nossos lábios falarem: "Muito prazer"
Nossa primeira satisfação
Fez falarmos nossos nomes,
Aqueles a quem chamaríamos
Nas diversas vezes que o coração nos convidasse
Nos sussurros apaixonados
Nas discussões passageiras
No meio das alegrias mútuas
Na ausência...
Esse magnetismo nos tornará seres únicos nos momentos de amor
Nos fará felizes ao amar
Um olhar apenas!
Juntou nossas almas,
Nossas vidas... nossos corpos,
Uniu nossos lábios, nossos olhares e nos fez pronunciar:
"Eu te amo"!
ANGÉLICA SAMPAIO (In Êxtase página: 41, 2 edição)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Duas criações do Ballet de Londrina para as obras de Stravinsky no Theatro José de Alencar em abril

O Theatro José de Alencar apresenta, nos dias 03 e 04 de abril, um dos grupos brasileiros de maior circulação nacional e internacional, a companhia de dança contemporânea Ballet de Londrina, criada em 1993 pela Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart). Serão dois espetáculos, “Petrouchka” e “A Sagração da Primavera”,obras de Igor Stravinsky.
Petrouchka
A Companhia Ballet de Londrina leva às últimas consequências em Petrouchka, concepção original do russo Igor Stravinsky (1882-1971) e coreografia de Michel Fokine (1880-1942), a enganosa teia da paixão não correspondida, alimentada pelo amor a si próprio.
O diretor da companhia londrinense, o coreógrafo Leonardo Ramos estendeu em sua interpretação da peça clássica para o contemporâneo, o trabalho que vem realizando desde Prazeres, consolidado na coreografiaA Sagração da Primavera, obra também de Stravinsky.
O balé de dois atos foi concentrado nos três principais personagens, o Mouro, a Bailarina e Petrouchka, que em russo significa pierrô. O trio percorre a trajetória humana vulnerável ao amor, a vaidade, o ciúme.
A Sagração da Primavera
EmA Sagração da Primavera, espetáculo da Companhia Ballet de Londrina, direção do coreógrafo Leonardo Ramos, o imortal enredo arrebatado pela música do compositor Igor Stravinsky (1882-1971), apresenta esse e outros desígnios da condição humana. Uma releitura contemporânea de uma obra que inaugurou a vanguarda europeia.
Baseada em uma antiga lenda russa, a peça narra a imolação de uma virgem oferecida aos deuses da Primavera em troca da fertilidade da terra. O Ballet de Londrina apresenta uma versão não orquestral da música de Stravinsky, executada por quatro pianos, que assumem o papel de todos os instrumentos.
Programa:
Primeira parte: “Petrouchka”(20 minutos de duração)
Música:Igor Stravinsky
Execução: Yuja Wang / Amsterdam Piano Quartet
Criação e direção: Leonardo Ramos
Figurino:João Damiano
Elenco:
Petrouchka: Bruno Calisto
Bailarina: Alessandra Menegazzo
Mouro: Vitor Rodrigues e demais integrantes do elenco.
-Intervalo de 15 minutos -
Segunda parte: “A Sagração da Primavera” (45 minutos de duração)
Criação e direção: Leonardo Ramos
Música:Igor Stravinsky
Execução:Amsterdam Piano Quartet
Fotos:Isabela Figueiredo
Figurino:Ana Carolina Ribeiro
Iluminação/Cenografia:Felipe Chepkassoff
Ficha técnica:
Direção Geral/coreógrafo: Leonardo Ramos
Direção de produção: Danieli Pereira
Direção Técnica: Roberto Rosa
Ensaiador: Marciano Boletti
Designer gráfico: João Damiano
Designer web: Claudio de Souza
Elenco:Alessandra Menegazzo,Alexandro Micale,Claudio de Souza,Bruno Calisto,Giovanna Tavares,José Maria, José Ivo, Kamila Oliveira, Marciano Boletti, Nayara Stanganelli, Thiago Spengler, Viviane Terrenta, Vitor Rodrigues.
Serviço:Espetáculos “Petrouchka” e “A Sagração da Primavera”Local: Theatro José de AlencarData: 3 e 4 de abrilHorário: 19h30
Ingresso: R$ 20,00 e 10,00.
Mais informações:

domingo, 17 de março de 2013

Revelação

Com que olhos há de olhar-me? Que carinhos há de trazer-me? Espero-te! Espero-te!... ...Espero-te vestida de flores e em sóis e luas hás de encontrar-me. Em uma estrela cadente e celeste banhada de brilho radiante e tempestuoso do meu doce amor.
(...)
Às vezes, viajo nesta viagem, nesta estrada sem fim. Onde as árvores acompanham-me e o silêncio nada me diz...
E, na incerteza febril do meu ser, confundo-me e encontro-me. Vejo-me contigo neste louco sonho... Sinto-te comigo agora, neste exato instante. Vejo-te comigo e são flores as tuas mãos e elas perfumam-me com teu cheiro.
(...)
Numa noite, vestida de Sol... ... Num dia banhada pela Lua que nos faz girar em torno das estrelas cadentes e delas nunca retornarmos.
... Nesta estranha realidade...
...Há muito tempo espero-te vestida de flores e em sóis e luas hás de encontrar-me...
O vento frio por enquanto, é teu companheiro e a solidão, o meu silêncio!

ANGÉLICA SAMPAIO (Excertos de Revelação. In: ÊXTASE p. 125, 126. 2 edição.)

quarta-feira, 13 de março de 2013

14 de Março, Dia Nacional e Mundial da Poesia.

Tenho em mim, bem dentro de mim uma parte menina, uma parte mulher que transborda em forma de poesia e ora brinca e ora grita, reclama e fica de birra, espalha a alegria e outras tantas vezes a rebeldia.
Tenha em mim, bem dentro de mim a inspiração, a intenção de criar, de fazer, de recriar o que já foi dito, o que ainda não foi perfeito. Há em nós numa escuta profunda, numa viagem que inunda o subterfúgio do mar... Do mar de palavras, infinitas que não findam nas finas brumas brancas que rebentam na praia. Tenhamos nós a repleta ou a incompleta certeza de que necessitamos buscar neste sol que desponta o raiar do dia ou naquela noite que se fez em calmaria, a inquietade ou a lascitude de uma alma irrequieta que sempre busca, que nunca descansa. E talvez, quem sabe a poesia, nesta serena e calma vez quis contar poesias para você, para mim, para nós. Sentemos na beira do cais e pensemos que a vida é uma eterna passageira do tempo e que você é tão passageiro nela quanto as nuvens que evocam nossos pensamentos mais sombrios ou mais iluminados... Quem dera podermos tocar em estrelas e espalhar por aí toda a candura ou a semeadura das mais belas árvores, flores, cores e sabores por um arco-íris surreal da suprema, da mágica e tão simplesmente encantadora poesia.
Poesia, sua linda, vem brincar comigo neste dia pleno. Vem celebrar comigo a tua delicadeza, a certeza de despertar corações adormecidos e tornar homens em pássaros canoros do amor e beijar minh'alma tão cheia de devaneios e aspirações incertas.
Vem poesia, sua linda, sem brincar com o vento, balançar os meus cabelos soltos ao tempo, vem de encontro aos meus pensamentos, vem adocicar a minha vida...
Beija-me, poesia, neste dia tão belo com teus lábios doces, doce frescura das pétalas das mais formosas flores... Ilumina-me com a candura da evocação da minha paz ou da indecisão. Toma-me, doce poesia, faz-me renascer em cada verso, em cada rima ou em cada som que toca minha pele... Arrepia meus ouvidos, seduz minha pele e me faz inteira, solta e plena neste dia iluminado.
Tenho em mim, bem dentro de mim uma parte mulher, uma parte menina que ora rir e ora chora porque assim somos nós: tristeza e felicidade em um só corpo a expor nossas fragilidades... porque assim nós somos uma parte fortaleza e outra a pedir colo... Pouco importa... Balança-me ao vento e leva-me solta e livre por este mundo...Apenas espalhe-se, linda poesia...
ANGÉLICA SAMPAIO

FELIZ DIA NACIONAL E MUNDIAL DA POESIA A TODOS OS POETAS E POETISAS.
PORQUE A VIDA É MAIS FELIZ QUANDO SE TEM ALMA DE POETA. SE VOCÊ AINDA NÃO DESCOBRIU O POETA QUE HÁ EM VOCÊ, NÃO SABE O QUE ESTÁ PERDENDO... BEIJOS NO CORAÇÃO...

sábado, 9 de março de 2013

Os Miseráveis - o filme

Os Miseráveis - o filme
Já havia assistido ao filme anterior e lido o livro, mas me surpreendi ao ver a nova versão de Os Miseráveis. Excelente filme, indico a quem ainda não teve a oportunidade de ver ou ler essa surpreendente história que perpassa aos tempos em que foi publicada em 1862 pelo escritor francês Victor Hugo (autor de O corcunda de Notre Dame). Seu enredo sobrepõe a época em foi lançado. Os Miseráveis tem a incrível capacidade de mostrar como uma pessoa pode se transformar por intermédio da ação de outra. Do ponto de vista psicológico é uma trama forte, envolvente e inquietante, pois nos faz refletir sobre o quão importante o simples fato de uma nova chance poder mudar inteiramente a vida de um indivíduo. Nos remete a refletir sobre o homem como produto do meio, mas ao mesmo tempo com condições de sobrepor essas mesmas condições quando lhes são dadas outras chances ou criadas novas oportunidades. Trata também de questões sociais, políticas e econômicas de uma França que não tratava o povo com ideais igualitários. A revolução francesa também faz parte da narrativa e é contextualizada pelos dilemas de uma população que clamava por direitos básicos como emprego, alimentação... Motes comuns ainda nos dias atuais.
Uma história de trapaças, armadilhas, mas uma bela trama de amor entre jovens e do amor que supera a carne, o amor fraterno que tudo perdoa e que vai além do que as atitudes podem explicar. Há um misto de sentimentos que envolvem o expectador e o leitor, ações mesquinhas, burlentas, mas entrecaladas por gestos de desprendimento e bondade. Na verdade ser miserável em Os Miseráveis não é apenas uma condição social ou financeira, mas vai além do caráter e da personalidade dos personagens: a miséria de espírito que se sobrepõe a miséria por não ter um simples pedaço de pão para alimentar uma criança.
Angélica Sampaio