sábado, 4 de dezembro de 2010

Feliz Natal

É amigos, o Natal está chegando e com ele a magia que essa época nos traz. Árvore de natal com luzes acessas, enfeites e bolas coloridas, guirlandas a ornamentar portas, Papai Noel, presentes...
Afinal e aonde andará o real sentido e significado de toda essa festa que prestigia o nascimento de Jesus? É importante que o aniversariante esteja dentro e fora de cada um de nós. Não adianta vestir-se de vermelho ou colocar gorro de Papai Noel. É mais importante que você tenha dentro de si o verdadeiro espírito natalino. Aquele que faz você se comover com quem não tem o pão de cada dia ou o agasalho para o próximo inverno. É imprescindível que você olhe mais para os lados e observe como muitas vezes nós reclamamos e, na verdade, temos muito mais do que o essencial. Há muitos lá fora que não têm onde morar, o que beber, o que vestir, o que calçar e o que comer.
Que o Natal para você não seja apenas mais uma data comemorativa ou um feriado do seu calendário anual. O Natal é a maior festa cristã, mas infelizmente ultimamente o representante mais significativo não tem sido  o renascer do Menino Jesus em nossos corações, mas o consumismo desfreado, a troca de presentes, a ceia que simboliza a fartura de alimento, mas que, muitas vezes, há nos particpantes a secura dos bons sentimentos tão mais relevantes naquele instante.
O Natal, queridos irmãos, é um momento de reflexão das nossas atitudes do decorrer do ano que se finda e uma oportunidade de melhorá-las no ano que se aproxima.
Enfim, que o Natal tenha para você o real sentido e significado vivenciados com amor, ternura, paz e união em sua família. E  mesmo que você não tenha uma família adote a sagrada família como sua também, a família do vizinho que mora a alguns bairros como sua... Não importa com quem você esteja nesse momento tão mágico, não esteja sozinho. Esteja com Deus em seu coração... Então verdadeiramente você poderá dizer que terá um FELIZ NATAL. FELIZ 2011. Que o ano vindouro seja abençoado de luz, saúde e amor, o resto é lucro e a gente corre atrás.                                Angélica Sampaio

Feliz Natal

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Rachel de Queiroz faria 100 anos se estivesse viva. Mesmo assim ela vive em suas obras...

Rachel de Queiroz

Diversos momentos de Rachel de Queiroz no percurso de sua construção
Por Aila Sampaio - Professora da Unifor.
Matéria extraída na íntegra do Jornal Diário do Nordeste - Domingo 14/11/2010
14/11/2010
Na véspera do aniversário de 100 anos de nascimento de Rachel de Queiroz, não se pode deixar de falar dela, de sua terra, de suas obras. Nesta edição, fazemos um percurso por sua produção literária, concentrando-nos, sobretudo, em seus romances, nos quais, a partir de perfis de mulheres, em diferentes papéis, realiza um quadro preciso da realidade de nosso povo
A menina que nasceu em Fortaleza, no dia 17 de novembro de 1910, começou a escrever muito cedo, certamente influenciada pelas muitas leituras que fazia na biblioteca de seu pai. À frente do seu tempo, driblou o preconceito contra as mulheres e, reservada sob o pseudônimo de Rita de Queluz, começou a publicar no Jornal "O Ceará", em 1927. Primeiramente, enviou uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido pelo jornal.  O diretor do veículo, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, surpreendeu-se com o sucesso da carta e a convidou para ser colaboradora. Entre outros textos, ela publicou o folhetim "História de um nome" - sobre as várias encarnações ´de uma tal Rachel´ e organizou a página de literatura do jornal, o que lhe deu experiência e a fez respeitada num mundinho dominado pelos homens.

Os primeiros passos
Depois de morar no Rio de Janeiro e em Belém do Pará, voltou com a família para Quixadá, onde exercitou suas leituras e plantou suas raízes. Formou-se professora aos 15 anos. Antes de completar os 20, convalescendo de uma congestão pulmonar na fazenda Não me deixes, ela escreveu o romance O Quinze, cujo título já explicita que o enredo remete a acontecimentos do ano 15 do século XX, quando o nordeste viveu uma avassaladora seca. Filha de fazendeiros, ela, criança, assistiu à procissão de retirantes passar à sua porta; viu-os esquálidos, famintos, mendigando comida, e guardou-os no arquivo da memória para transformá-los, depois, em seres de papel.

A estreia
Lançando-se no cenário nacional em 1930, em plena efusão do romance moderno nordestino, ela encontrou espaço e fixou seu nome no regionalismo brasileiro, colocando-se ao lado de José Américo de Almeida e Graciliano Ramos, seus contemporâneos e autores de romances igualmente emblemáticos sobre a seca: A Bagaceira e Vidas Secas.

Após o fim do seu primeiro casamento e a perda de sua única filha, seguiu para o Rio de Janeiro, onde se casou pela segunda vez e desempenhou atividades como jornalista, romancista, tradutora, cronista e teatróloga. Em 1977, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Fixou residência fora do Ceará, mas nunca esqueceu sua terra, eternizada nos enredos de suas obras ficcionais.

O caminho
Após o livro de estreia, publicou, em 1932, o romance João Miguel, a que se seguiram: Caminho de pedras (1937), As três Marias (1939), O galo de ouro (1950) e Memorial de Maria Moura (1992). Escreveu também as peças de teatro Lampião (1953), e A beata Maria do Egito (1958); os volumes de crônicas A donzela e a moura torta (1948), Cem crônicas escolhidas (1958), O caçador de Tatu (1967) e Mapinguari (1964-1976); e os livros infantis O menino mágico (1969), Cafute Pena-de-Prata (1986) e Andira (1992). No dia 4 de novembro de 2003, enquanto dormia em sua rede, no seu apartamento carioca, deixou a vida. Esse símbolo de sua nordestinidade a acompanhou até o fim, pois, a pedido seu, o féretro que conduziu seu corpo foi forrado com uma rede, não dando, pois, por encerrado, seu amor às suas raízes.

Duas narrativas
As três Marias, romance de formação, focaliza, inicialmente, a vida de três moças num internato feminino de orientação católica: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória. É Maria Augusta (Guta) quem narra a história, os dramas e medos de cada uma. Fora do colégio, ela vive a adaptação ao mundo exterior, não se acostuma à vida e em casa, com a madrasta metódica, e se lança às duras experiências que a levam à maturidade como pessoa e como mulher. Afloram questões sociais e evidencia-se a análise psicológica dos personagens. Maria Augusta (Guta) representa a inquietação da mulher em busca de seu espaço, de sua identidade. Enquanto Maria da Glória se dedica à família e Maria José se volta para a religião, ela se lança na vida, e, após relacionamentos amorosos mal sucedidos e um aborto, continua seu destino num processo sofrido de ajustamento ao mundo.

Uma singularidade
O galo de ouro foi publicado em folhetins na revista O Cruzeiro, em 1950, e editado como romance no ano de 1985. A ação, ambientada na Ilha do Governador, é diversa das dos demais: em todos os quarenta capítulos, convive-se com o submundo carioca de terreiros de macumba, mães de santo, bicheiros e policiais, o que, afinal, traça uma realidade tão áspera como a que se sedimenta no sagrado chão nordestino.

Fique por dentroUm breve retrato
O Quinze, publicado em 1930, tem no enredo a paisagem social e humana de um nordeste massacrado pela seca. O drama de retirantes como Chico Bento, Cordulina e filhos é o foco principal, mas outras questões submergem, como a situação da mulher na sociedade do início do século XIX. Conceição rompe com o modelo estabelecido para o sexo feminino, quando renuncia, a despeito do contexto adverso de sua época, ao destino de toda mulher sua contemporânea: o casamento e a maternidade. O enredo, considerado por Bosi (1997, p.447) como neorrealista, é estruturado em dois planos: o drama do vaqueiro Chico Bento e sua família retirante; e a relação afetiva de Conceição, professora, de família tradicional.

AÍLA SAMPAIO*
* Professora da Unifor

domingo, 12 de setembro de 2010

Seminário de Literatura Brasileira no Cinema

Seminário Literatura Brasileira no Cinema com Carlinhos Perdigão no SESC SENAC Iracema
(de 13 a 17/09)

O Seminário Literatura Brasileira no Cinema foi elaborado para auxiliar o participante
a tornar-se um leitor autônomo de textos e, por extensão, um produtor textual
competente. As narrativas selecionadas neste seminário, por sua vez, se propõem a
constituir um “corpus” expressivo das diversas interpretações do Brasil, no contexto
do pensamento literário, social e cinematográfico.

Assim, o intuito deste curso, ao unir as linguagens literárias e do cinema, é
despertar a audiência para a importância delas e focar a compreensão e interpretação
dos textos de Machado de Assis – “Memórias Póstumas de Brás Cubas”; Lima Barreto –
“Triste fim de Policarpo Quaresma”; Graciliano Ramos – “Vidas Secas”; e Rubem
Fonseca – “Bufo & Spallanzani”. Em todo o trajeto, os objetivos finais buscam
incentivar a relação do aluno com a leitura, um instrumento de poder social, e que
reúne características intelectivas, funcionais, ideológicas, prazerosas e culturais.

Serviço
Seminário Literatura Brasileira no Cinema
Ministrante: Carlinhos Perdigão (Licenciado em Letras e Pós-Graduado em Gestão
Escolar, Aluno-Mestrando do Programa de Doutoramento em Teoria da Literatura e
Literatura Comparada – Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e Professor
dos cursos de Jornalismo e Publicidade & Propaganda da Faculdade Cearense)
Local: SESC SENAC Iracema
Endereço: Rua Boris, 90, Praia de Iracema (ao lado do Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura)
Período: 13 a 17/09
Horário: 13:30h às 17:30h
Investimento: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Inscrições e informações pelos telefones 3252-2215 / 3452-1242

VENHA E DIVULGUE ESSA PROGRAMAÇÃO
Fabiano de Cristo
Gestor Técnico SESC SENAC Iracema
(85) 3252-2215/ (85) 8808-0226

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Oficina de Poesias - Semana Cultural do Colégio Batista

Essas são as produções literárias da oficina de poesias realizada na Semana Cultural do Colégio Batista Santos Dumont. Os alunos do 9º ano deixaram o poeta que reside neles sair. Vejam só!  Parabéns a todos! Até a próxima poesia... Beijos!!! 

Recordações de um sonho 
Aqueles olhos castanhos
sua linda pele morena
aquele olhar atraente
e seu corpo esbelto
aquela bela mulher
fez-me relembrar
os momentos de luto
que pelo seu amor passei...
Josué Alves 9º T1, Lucas Grassioli 9º M2, Filipe Conde 9º M2.

Silêncio

Põe teus olhos em mim
E me deixa nadando
em luz...
Nós dois juntos
somos um
E sendo um, somos
um universo.
Então, segura a
minha mão e cala-te!
Porque já não existe
mais nada.
Além dos nossos corpos
inertes a se olharem...

Marina Saldanha 9º TAB

Amo-te...

Amo-te  hoje
mais do que ontem
e menos que amanhã.
Quero te abraçar e te beijar...
Eu quero que você seja
só minha porque
eu já sou seu.
Você é o controle remoto
do meu playstation ,
o mouse do meu PC.
Você é como um dicionário
porque você coloca sentido
na minha vida.
Pessoas dizem que quando
vêm uma imagem pensam
em mil palavras,
mas eu quando
vejo-te só penso em três:
EU TE AMO!
Victor Medina 9º TAB


Poeta adormecido
O poeta que mora em mim está dormindo,
não fala, não sente, pois nunca
viveu  o suficiente...
O poeta que está em mim, será que já morreu?
Ou ainda nem nasceu?
Não posso dizer, pois ainda não descobri...
Emiliano dos Santos e Samuel Bringel 9º M2


Olhar!
Sempre me lembro do olhar
Azul, claro, pouco transparente
como as ondas do mar.
Seu jeito de ser me impressionou
Corpo lindo, escultural
Uma beleza interior...
Seu sorriso que encanta,
Sua boca que me alucina.
Sempre me lembro da menina
que por mim se apaixonou...
Rhafael Alves 9º M3

A vida é bela!
A vida é bela,
E a vaca é amarela
A vida é bela!
No meio da estrada
faltou água e gasolina...
Onde meu amor me deixou,
E me traiu na esquina...
Fiquei mais feliz ainda,
Arranjei um gatão para ficar
no lugar do chatão...
Fernanda Rabelo, Mayara Alcântara, Marcely Campos, Dominique Dourado e Dayane Dourado.
9º M3.


Vem me fazer feliz!
Procuro-me em ti
Não consigo me encontrar
Onde devo estar?
Se em você sempre pensei estar?

Você está em meus pensamentos
Não consigo te esquecer
Por que será que você mudou tanto
meu jeito de ser?

No seu olhar me perco
No seu sorriso me sinto em paz
Por você enfrentaria tudo
Mas será que você também seria capaz?


Vi você em meus sonhos
Senti seu nome no meu coração
Por que você não se entrega?
Vem logo para perto de mim...

Eu sei que isso é verdadeiro
Sei que você também sente o mesmo
Dá uma chance para o nosso amor!
Vem ser feliz comigo...
Emilly Maia 9ºM3

Quando a noite cai
E quando a noite cai,
eu penso em você.
Quando o dia raia,
eu sinto você.
Sinto sua presença
desde o amanhecer.


Sinto seu calor,
junto com todo o seu ardor.
Sinto sua alma junto a minha.
Sinto nossa paixão...
Veja como ela é linda!


Eu preciso de você como nunca.
Porém não o tenho,
apenas o sinto em meu coração.
E isso é como o dia sem sol,
como a noite sem luar.
Thaina 9º T1.

Música
De todas as magias por mim conhecidas
Música é a que mais me contagia
Influencia-me...
Ao ver o mundo de uma forma diferente
A música expressa tudo o que o meu eu sente.

Não posso dizer que aprendi a gostar de música
através de algum amigo ou parente
Querendo ou não, a melodia sempre chega
aos meus ouvidos.
Como pode uma letra tão antiga me ensinar
coisas novas?
Eu não sei, mas procuro sempre saber
E sempre será o mistério mais atrativo
para mim...
É como esta poesia,
o meu amor pela música
não tem fim...
Lara Máximo  9º T1.


Mundo mágico

A música é um dom
Dentro de cada um
Que não foi descoberto.

Quando for descoberto e desvendado
Se abrirá um mundo de maravilhas
E ilusões em nossos corações.

Você ficará encantado,
Preso nesse mundo mágico
Você não vai querer sair,
mas verá que não há para onde ir.



Fábio Thé 9º TAB.

domingo, 15 de agosto de 2010

Verbo Amar

Meus pensamentos devaneiam
nas asas da imaginação
Meus sentimentos flutuam
nas nuvens do desejo.
Tenho um amor que lateja
em minhas artérias
Ferve meu sangue...
Alucina meu coração!
Que chega a palpitar num  tum tum tum
do compasso da paixão
Sinto que tenho em mim um amor
que me engrandece
Ilumina a alma
Enaltece meu ser...
E isso me faz bem
Como é bom querer bem
Como é esplendoroso se sentir querida
Sim! Assim tão amada...
Meus pensamentos refletem tua imagem
Na visão dleitosa do teu rosto
iluminado por meu sorriso
De uma loucura consciente
De um desejo fremente
Que são unificados pela força mágica
de tão intenso amor.
Amor que tenho para te ofertar
Amor e paixão que tenho para receber,
Porque amor e paixão caminham inflamados
na foqueira incandescente do viver!
No verdadeiro sentido
do verbo transitivo direto: Amar.

Angélica Sampaio

domingo, 4 de julho de 2010

Sustentabilidade prematura

Quer ver uma pessoa fofinha, mas com uma consciência ecológica já  desenvolvida?Assita ao vídeo abaixo e veja se eu não tenho razão...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Poemas dos alunos sobre o livro "Não se esqueçam da rosa".

Parabéns  aos alunos do 7º ano do Colégio Batista Santos Dumont que participaram desse trabalho de Leitura tão prazeroso. A vontade de vivenciar os capítulos do livro "Não se esqueçam da rosa" das mais diversas formas que vocês apresentaram me encheram de orgulho e eu amei compartilhar esse momento mágico, no qual a troca de experiências entre alunos e professora foi essencial. Tenham certeza de que se vocês aprenderam eu também aprendi muito. Abaixo seguem os poemas produzidos pelos "poetas alunos" ou "alunos poetas". Vejam só! Até poetas afloraram junto com essa "rosa". 
Que vocês sejam as flores e as rosas formosas deste jardim. Boas férias! Divirtam-se!
Muitos beijos... 

A rosa hereditária

Tudo parece normal ao despertar
De repente estragos vieram para arrasar
Uma rosa inválida
Não era para chegar

Crianças vão estudar
E muitas não vão mais voltar
Muitas famílias com sonhos
Uma rosa atômica destruirá

Crianças mudas e apáticas
Essa rosa deixará
Injustiça hereditária não se pode negar
Mas a esperança de dias melhores jamais acabará

Hanako, tão formosa
Como a vida de uma rosa
Ela é muito talentosa
E sempre tão esperançosa...


Uma garota com muito amor para dar
E pouco tempo para vivenciar
Porém, lembranças dessa rosa
Com certeza haverá

Aluno: Ariel Lourenço 7º M3

A rosa atômica

Hanako, a rosa de Hiroshima
A rosa com doença hereditária
A rosa sem perfume
A rosa sem nada

A menina de 12 anos
Porém, muito amada
Mesmo sofrendo e, as vezes, querendo ficar sozinha
Ela é esperançosa e animada

A garota com muito amor para dar
Tantas coisas a recordar
Tem Ysamu, o seu diário
Para lembranças poder guardar

A rosa como efeito de bomba
A que está prestes a se ir
Vítima da injustiça
Da grande injustiça de Hiroshima

Aluna: Larissa Nunes 7º M3

Sol a pino


A bomba de Hiroshima
Não afetou só ao Japão
Além daquele país
O mundo todo sofreu com a ação
E o mal da explosão passou de geração em geração

Nasceu Hanako,
A filha da flor
Trazendo alegria
Para curar a dor
Provocado pela perda
Pela morte e pelo horror

Hanako tem osteopatia
Mas não deixou de sonhar
Com a vida que qualquer menina
Teria em seu lugar
Mesmo sabendo que estava morrendo
A vida, não deixou de aproveitar...

Alunas: Ana Luiza, Christyane Dutra, Ellen Maressa, Gabriela Kampa, Letícia dos Santos, Lucas Alencar, Sarah Eleutério e Yasmin Timóteo. 7º M 1.

O meio dia

O que falar numa hora dessas?
Quando a rosa tem pouco tempo de vida,
Uma menina querida,
Que todos a querem bem.

O que sentir numa hora dessas?
Quando sua filha esta fraca,
Sem forças para nada,
Sem saber o que fazer.

O que dizer para ela?
Uma menina tão bela
Quando ela pergunta:
Pai, eu vou morrer?!

Mentir,
Criar ilusões,
Ou inventar milagres.

Ou será que é melhor
Falar a verdade,
Para uma bela rosa,
Que ela poderá murchar.

Alunos: Juan Pablo, Tiago, Erick, Rodrigo, Gustavo e Lucas. 7º T 1.

O despertar

A bomba de Hiroshima
Foi um triste evento
E aquelas pobres almas
Não tiveram seu julgamento

Hanako, uma garota
Como poucas de sua idade
Com um triste destino
Pois ela tinha osteopatia

Hanako, a filha da flor
A neta do outuno
Ela pagou com sua dor
A decisão de um homem

Hanako, uma menina quieta
Tímida, frágil e sensível
Descrita pela narradora
Como uma rosa a desabrochar

A guerra matou milhares
E prejudicou muitos outros
A guerra prejudicou Hanako
E poupou poucos

Não se esqueçam da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa da ternura
A rosa da destruição.

Alunos:
Lucas Santiago, Pedro Júlio, Gabriel Peres, Lívia Cristina, Marco Antônio e Andrew James.
7º M 2. 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não se esqueçam da rosa





Olá, pessoal! Olha o nosso trabalho!
Esse foi o trabalho desenvolvido por mim e meus alunos em Leitura e Produção Textual. Os alunos do 7º ano do Colégio Batista Santos Dumont desenvolveram suas habilidades artísticas, literárias e culturais através de apresentações com uso de fantoches, teatro, poema e paródia. A temática foi o livro "Não se esqueçam da rosa" de Giselda Laporta. O livro tem como assunto principal a Segunda Guerra Mundial e as atrocidades vivenciadas pela explosão da bomba atômica em Hiroshima. A personagem principal, Hanako, foi evidenciada pelos alunos através da vivência do seu relato pessoal e do seu diário, comparado ao de Anne Frank. De forma lúdica e prazerosa, leitura e arte se misturaram e a meninada aprendeu e se divertiu na Escola da Vida.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Poema e música Rosa de Hiroshima


Visite o site indicado e veja a letra da poesia de Vinicius de Morais musicalizada pelo Grupo Secos e Molhados na voz de Ney Matogrosso. Você vislumbrará o quanto é bela a canção e deixe seu comentário sobre o que você sentiu ao ouvi-la. www.paixaoeromance.com/70decada/rosa_iroshima/h_rosa_de_hiroshima.htm

domingo, 23 de maio de 2010

Revelação (trechos do poema)

Eu quero um amor; mas um amor diferente...
Nunca antes vivido por mim nesta vida.
Nem tampouco inventado, só por mim e alguém imaginado.
Ou talzez, há um lugar a nos esperar:
Tão fora do comum e cheio de surpresas mil...
Quem sabe, um amor estranho, porém verdadeiro, sem igual...
Um tanto quanto esquecido pelas pessoas, mas criado por mim
para somente amá-lo...
Desejá-lo!
Aonde andará? Longe ou perto?
Com que olhos há de olhar-me?
Que carinhos há de trazer-me?
Espero-te! Espero-te!
... Espero-te vestida de flores e em sóis e luas hás de encontrar-me.
Em uma estrela cadente e celeste banhada de brilho radiante e
tempestuoso do meu doce amor.
Sei que em algum lugar também estás a esperar-me...
Com teus braços fortes e corajosos hás de salvar-me desta tortura que é viver sem ti...
... Sei que em algum lugar hás de buscar-me.
Hei de saber que sentes o mesmo, meu doce amor.
(...)
Às vezes, viajo nesta viagem, nesta estrada sem fim.
Onde as árvores acompanha-me e o silêncio nada me diz...
E, na incerteza febril do meu ser; confundo-me e encontro-me.

Capítulo VIII - A paisagem da caminhada e a parada para o descanso (págs: 37 e 38)

A tarde chegou e o sol ardia nas peles morenas da gente indígena.
No caminho, às vezes, verde e outras vezes sofrido e deserto parecia que era revivida toda a história desse povo que como em retratos ou cenários pintavam, nas suas memórias sua vida, nessas imagens que viam a sua frente. Muitas caminhadas já haviam feito, mas dessa vez era diferente, a trajetória seria outra... Por essa razão todos eles recordavam suas vidas como passagens que se pareciam com quadros pintados sobre sua realidade.
Os  mandacarus e xiquexiques apreciam a todo momento. Os canarinhos e pardais eram avistados em galhos de jurema e cajueiros. As araras e marrecos passavam em bandos em revoadas. Era bom sinal, pois haveria de ter algum vestígio de água ali próximo.
Depois de uma enorme subida no solo inclinado e cheio de pedras que rangiam nos pés dos silvícolas, avistaram um pequeno lago.
- Quixaras, um momento de descanso. - proclamou Magé ao erguer seu cajado.
- Pai, sente-se bem? - interrogou Iraguacy preocupada. - Necy!Japê! Ajudem meu pai.
- Iraguacy e eu vamos colher água para molhar seu rosto, meu irmão. - disse Abajara e caminhou rumo ao lago.
Iraguacy colheu água no pequeno vaso de barro e levou ao velho pai cansado, enquanto Necy e Japê abanavam-no com palhas de carnaúba.
- Abarauê! - disse Japê. - Peça aos outros para providenciarem o pescado e a fogueira. Vamos passar a noite que se aproxima aqui.
- Necy. - proferiu Iraguacy. - Providencie a rede de meu pai nesses troncos de árvores.
- Minha filha, teu velho pai está cansado demais para essas viagens e a emoção de chegar ao nosso destino deixaram-me assim. Que o Deus da chuva providencie água para dar de beber a esse chão seco para acalmar os pés doloridos de teu pai.
- Calma, meu pajé, Necy vai providenciar tudo para você passar a noite que chega em descanso. Já as curimatãs estarão assadas no fogo e comerás com a mandioca que sobra.
E, assim dizendo, Iraguacy deixou seu pai aos cuidados de Necy e Abajara.

curimatãs: curimã; pequena tainha (peixe).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Meus momentos literários com Rachel de Queiroz

Um de meus melhores momentos na literatura não foi somente o ato de publicar livros, mas o fato de conhecer pessoalmente uma das melhores e maiores referências na arte de escrever: Rachel de Queiroz. Ela sempre me recebia muito bem na "Fazenda Não me deixes" quando vinha passar os meses de setembro a novembro no Ceará e me incentivava a escrever um romance.

Na Fazenda "Não me deixes" em 29.09.1998 estive a primeira vez com Rachel. Na oportunidade entreguei a 1ª edição de Êxtase e a mesma o folheou e leu alguns poemas. Num posterior encontro, em 09/12/1998, ela redigiu um manuscrito em uma folha timbrada da Academia Brasileira de Letras com o seguinte:
Clique sobre os manuscritos para visualizá-los.

Convite - Exposição sobre a vida e a obra de Rachel de Queiroz na Assembleia Legislativa do Ceará

Clique nas imagens para visualizar e ler o convite. Vale a pena valorizarmos a nossa literatura cearense e nacional.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Livros publicados por Angélica Sampaio

O primeiro livro que lancei foi de poemas em prosa, "Êxtase" (1ª edição ) em 1998. No ano seguinte a 2ª edição foi publicada, só que desta vez com comentários de Rachel de Queiroz na contracapa do livro.
Em 2001, já cursando a Faculdade de Letras na Uece, publiquei o livro Iraguacy, a morena índia do sertão", romance indigenista no qual retrato o cenário cearense dando ênfase a aspectos de nossa história e geografia locais. Esse livro foi prefaciado pelo também escritor cearense, José Batista de Lima.
A seguir temos poemas que estão inseridos no livro Êxtase e um capítulo do livro Iraguacy...
Assim você terá ideia do que está contido em ambos: poemas de amor em forma de paixão e capítulos de aventura e determinação.
Templo Sagrado (pág. 19)
O meu corpo é um templo sagrado.
Sim! Ele é um lugar santo.
Só reza nele quem eu quero e amo tanto...
... O meu corpo deseja somente o teu para realizar o nosso ritual...
As curvas do meu corpo são como labirintos de prazer e amor
profano.
A minha boca na tua canta um amor de um século distante: um
amor apaixonado.
O teu corpo no meu reza e proclama um louvor envoltente,
enlouquecedor e sem igual.
O teu olhar no meu é como um feitiço imortal de deuses medievais.
Teu beijos me envolvem e alucinam como um dilema de sedução e
paixão.
Teus braços envoltos em meu corpo traspassam a nossa energia
mágica de amor e sedução...
O meu corpo é um templo sagrado...
Sim! Ele é um lugar santo e por ti amado.
Só reza nele quem eu quero e tanto amo.
Quem eu quero e amo és tu, por isso te venero. No meu corpo,
meu templo sagrado... teu pecado... minha santidade.
Obsessão (pág. 95)
Como posso não desejar teus lábios grudados aos meus
Se tua boca o meu nome chama.
Como posso não querer tuas mãos em meu corpo
Se ao mínimo toque do teu corpo no meu o sinto vibrar.
Como devo olhar para os teus olhares maliciosos
Se neles há um magnetismo de sedução.
Como devo tentar não querer teus braços
Se sinto falta de teus abraços a me envolver com ternura.
Como eu poderia não enlouquecer de paixão
Se toda a minha estrutura fica abalada quano escuto tua voz.
Como não querer teus carinhos
Se minha pele ao tocar a tua fica arrepiada de ardente desejo.
Como não viver esta paixão inconsequente.
Se é impossível separarmos nossos sentimentos, nossos desejos e
corpos.
Como não nos envolvermos nesta louca emoção se ela já virou
obsessão.
Capítulo XIV - O prenúncio do perigo (pág. 55)

Depois de saciarem-se com os frutos da terra, a tribo Quixara prosseguiu o seu caminho. E, para trás, ficava no horizonte as serras azuis que tinham acolhido eles por dois sóis e duas luas.
No decorrer do percurso as macambiras que cresciam sobre as pedras, eram vistas compondo lindíssimos arranjos naturais. O solo pedregoso indicava a proximidade tão esperada do vale.
As rolinhas sacudiam suas asas e cobriam-se de areia alegremente. Os galos-campinas no alto das cajazeiras saboreavam as cajás sorvendo com seus bicos o sabor acre . Tudo passava-se naturalmente em harmonia...
No pico do aracuipe, Japê notou um movimento suspeito na caatinga. A tribo estava descansando abaixo dos cajueiros que a essa época iniciavam o floramento para a próxima estação. Abarauê e Necy conversavam sem nada observarem de estranho, o velho Pajé e Abajara descansavam deitados nas redes armadas debaixo das árvores. Iragauacy sentiu que Japê estava com o olhar da salamandra a espreita do bote fatal. E assim, a bela índia aproximou-se do bravo guerreiro e sondou o que se passava:
_ Japê , o que há estranho?
_Não sei, Iraguacy, ouvi estalidos de galhos a se quebrarem no chão. Espie o lugar e nada vi. Mas, sinto que algum bicho nos espiando como um...
(47) macambira: vegetação rasteira que nasce entre e sobre as pedras da caatinga.
(48)Aracuipe: Do tupi significa meio-dia.