terça-feira, 18 de março de 2014

I Mostra Literária do Cuca Barra


A I Mostra tem o objetivo de fomentar a produção literária livre feita por jovens de 15 a 29 anos
Está aberta a temporada em busca de jovens bons de prosa no Cuca. É a I Mostra Literária do Cuca Barra, iniciativa que vai premiar os dois melhores trabalhos com um tablet, cada um. Os interessados em participar devem produzir e entregar seus textos na Biblioteca do Cuca Barra até dia 30 de março.
Veja regulamento completo aqui: 
A I Mostra tem o objetivo de fomentar a produção literária livre (contos, crônicas, poemas, dramaturgia, novela, composição musical, dentre outros gêneros literários) feita por jovens de 15 a 29 anos. Cada jovem poderá concorrer com até dois textos para avaliação, mas apenas um poderá ser selecionado.
O tema da redação será definido pelo jovem, que deve escolher e escrever sobre um problema que atinge a juventude da sua rua, da sua comunidade, da sua cidade ou do seu país. No texto, o jovem deve apontar soluções para o problema apresentado.
Todos os textos enviados serão avaliados por uma Comissão Julgadora, que vai considerar os seguintes critérios: adequação ao tema proposto; conhecimento e correção da língua; a proposta de solução para os problemas abordados, respeito aos valores e às diversidades socioculturais; e a originalidade (o texto precisa ser inédito, não poderá ter sido publicado em qualquer outro meio digital ou impresso, ou ter participado de concursos anteriores).
A comissão julgadora selecionará até 10 textos, sendo até cinco da Categoria 1 (formada por alunos matriculados nos esportes) e até cinco da Categoria 2 (demais jovens). Os textos serão publicados no site da Rede CUCA (www.fortaleza.ce.gov.br/redecuca) e serão apresentados por seus autores no evento de encerramento da I Mostra, no dia 30 de abril, às 19h.
Atualizado, 12/03/2014, às 10:38

domingo, 16 de março de 2014

Será o adeus à Praça Portugal?



A Praça Portugal foi criada em 1947 e de lá para cá foi reformada várias vezes pelas diversas administrações públicas municipais de nossa cidade. Entretanto, o que mais vem chamando a atenção, nos últimos dias, é a notícia da total retirada de um cartões-postais de Fortaleza, ou seja, a praça será destruída, eliminada, em prol da melhoria da mobilidade urbana da capital. No entanto se deve parar para refletir sobre os impactos que isso irá causar, em contrapartida ao já exposto, que é a melhora do fluxo do trânsito, pois essa ideia já fora praticada em outros cruzamentos nos quais havia rotatória e que estas foram extirpadas da paisagem urbana tendo como justificativa melhorar o fluxo de carros e ônibus, mas o que se viu foi apenas a eliminação de um ícone da memória cultural da cidade que sempre sofre as consequências por causa daqueles que cometem um erro para tentar soluçar um problema, ou seja, elimina-se o que em tese causa o problema, mas não se reflete sobre o que causou o conflito inicial. Portanto, meras resoluções paliativas, feito pseudoremédio, placebo para ludibriar a população no intuito ou na justificativa de que se está realizando obras que definitivamente obterão resultados positivos. Ledo engano!
No meio de tudo isso é justo se defender a ideia de que a mobilidade urbana é um problema que não se restringe apenas a nossa cidade, mas a todas as cidades que se tornaram metrópoles de modo descontrolado e sem planejamentos prévios, não se pode fugir a isso, pois o consumo, o mundo movimentado e controlado pelo capitalismo sugere que as metrópoles estejam nesse ciclo sob a possibilidade de estar fora dos ditos padrões de desenvolvimento e, para isso, adentra-se o âmbito da locomoção, o trajeto que se irá utilizar, as vias, entre outros fatores. O progresso está aí a nos rondar a todo instante, ele é necessário para o desenvolvimento de mercado, negócios, turismo, enfim tudo o que está ligado direta ou indiretamente à expansão de grandes centros comerciais como é o caso de várias capitais brasileiras e as espalhadas mundo a fora. Mas a que custo tudo isso ocorre? Não se pense aqui que há negação a todos esses progressos, mas não são bem-vindos se locais especiais e que se referem à memória de Fortaleza tenham que ser extirpados da paisagem urbana junto com árvores, adornos e contornos para torná-la mais cheia de concreto, asfalto e semáforos do que já possui. Fortaleza torna-se, aos poucos, sem os devidos cuidados, pois se constrói, mas não se dá manutenção.
A cidade torna-se produto do meio em que vive numa justificativa desenfreada de que é para melhorar o nosso fluxo, mas não é, pois o alvo são os turistas, como se a cidade fosse objeto alheio e não de quem aqui reside. Não que ela não possa ser visitada por suas atrações diversas, mas o público-alvo deveria quem a constrói no dia a dia, de quem por aqui estuda, trabalha, dialoga, aprecia, não apenas para quem vem e vai, para quem apenas está de passagem. As indagações são muitas, as respostas são poucas ou evasivas, assim como os projetos que demandam a exclusão de locais como a Praça Portugal da nossa vista, pois o mesmo foi outrora realizado entre os cruzamentos das avenidas 13 de maio e avenida da universidade, por exemplo, e nada mudou, pois o fluxo e a compra de carros serão sempre superiores em locais de expansão habitacional, comercial e turístico como é o caso aqui abordado. Mas paremos ainda mais para pensar que nosso estado tem a cultura de não preservar sua cultura, pois tudo aqui é esquecido pelas engrenagens do tempo que enferruja, corroi tudo ou quase tudo o que deveria ser preservado. Há cidades brasileiras que atraem o turismo e os negócios justamente por manterem sua perspectiva história e cultural, a memória de seu povo por intermédios dos casarões, das praças centenárias, das árvores colossais que atravessam os séculos na paisagem sem que ninguém as interrompam com a serra elétrica ou o velho machado, mas nós estamos na contramão disso tudo, tomamos o caminho do descaso, dos braços cruzados, apenas assistimos e esperamos que meia dúzia de pessoas intercedam por nós. “Ah, já começaram as obras? Que bom mais uma via de acesso ao que caminho que desejo!” “Ah, pararam as obras? Nossa! Pensei que iam resolver o meu problema”. E assim caminha a nossa metrópole que ainda é provinciana em ideologias e em muitas outras esferas (que no momento não cabem serem mencionadas) e tenta sair deste status sem passar pelos demais, pelos devidos caminhos, tenta a todo custo pular os degraus, e um deles é o de devastar a memória geográfica, histórica e cultural fortalezense.
Quem deverá se lembrar daqui a alguns anos futuros da nossa antiga praça que servia de adorno para a cidade, que na época natalícia esbanjava sua árvore decorada pela tradição do nascimento de Jesus? “Mas a vida é assim mesmo, cai o antigo e se implanta o novo, o mais moderno”. E quanto a nós?! Ficamos absortos em tudo isso? Afinal não mantemos nossos velhos casarões, não se reconhece a importância da dança e da música cearense, nossas crianças pouco sabem sobre a história ou a geografia do Ceará, os principais autores e produções literárias. Outro dia escutei um jovem perguntar: “Rachel de Queiroz era de qual país mesmo?” Nossa! Para mim foi uma facada pelas costas. E sobre Patativa do Assaré, então! “Como um homem sem estudo escrevia tanta poesia linda?” Devo eu responder?! Talvez seja do mesmo modo que sabendo ler, escrever e ir à escola, muitos não tenham interesse em estudar e produzir literatura. Enfim tudo se esvai com o tempo, não se tem a tradição da lembrança, da memória cultural, esta é sempre colocada em último plano, pois o plano inicial é sempre o turista. Não digo todos, mas muitos só vêm em busca do turismo sexual, que usurpa de nossas meninas e mulheres o que para eles é “lazer”; outros tantos vêm em busca das praias que também sofrem erosão, depreciação e são vistas como pontos de insegurança e violência. Uma das capitais mais violentas do globo está tentando encontrar solução para um problema antigo destruindo nossa memória cultural. “Mas é só uma praça! Bobagem!” E depois o que virá! Os projetos implantados anteriormente podem e têm sua valia, não se tem total contrariedade a eles, pois Fortaleza está vivendo um caos em sua locomoção urbana, mas em contrapartida deve-se ter cuidado quando o patrimônio cultural passa a ser visto como empecilho para essa melhoria.
Fica a dica: reflita, antes que seja tarde!
“Ah, e sobre o quê mesmo estávamos falando!?”

sexta-feira, 7 de março de 2014

SESC promove V Concurso de Contos - inscrições abertas até o dia 27 de abril.


O objetivo é promover e incentivar a produção e publicação de textos literários, destinado ao público adulto, escrito por autores cearenses. Para participar, o autor deve ser cearense, com idade igual ou superior a 18 anos e deve escrever um texto inédito de duas a dez páginas. Info: http://migre.me/iaPGp